quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Floresta em debate em Caminha

A Câmara Municipal de Caminha, através do Gabinete Técnico Florestal, e a Associação de Produtores Florestais do Vale do Minho, promoveram sessões reflexivas e práticas sobre os problemas da Floresta Concelhia, dirigidas aos representantes de todas as Juntas de Freguesia do Concelho, Assembleias de Freguesia, Conselhos Directivos de Baldios e Assembleias de Compartes.

Os incêndios florestais, foram, mais uma vez, um problema durante o ano de 2010 e nessa óptica, estas sessões visaram, por um lado, recolher contributos e opiniões dos interessados, e, por outro, envolver as pessoas, nomeadamente os maiores gestores florestais, no sentido de se tentar encontrar respostas ou um caminho diferente daquele que se tem seguido até agora e que altere, efectivamente, a realidade florestal.

Assim, estas sessões tiveram como objectivo ouvir os representantes acima referenciados acerca de três questões essenciais, designadamente "Quais os problemas da floresta concelhia?", "Quais as soluções para resolução desses problemas?" e "Qual o futuro que queremos para a floresta concelhia?", por forma a se obter uma visão estratégica do futuro da floresta, através do diagnóstico que cada uma das pessoas implicadas faz da floresta concelhia.

Foram criados 3 grupos de freguesias e as sessões decorreram nos dias 19, 21 e 26 de Outubro. Os resultados das sessões vão ser analisados e reportados em relatório que será apresentado no mês de Março, aquando da comemoração do Dia Mundial da Floresta.

Amélia Freitas
SMPC/GTF Caminha

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Intenções de 2008 para a Floresta Portuguesa - VALE A PENA LEMBRAR

Medida apresentada segundo o Plano Nacional de Prevenção Estrutural
O sector das florestas vai receber 188,75 milhões de euros nos próximos dois anos

Por Lusa
22.10.2008

O Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas vai investir nos próximos dois anos 188,75 milhões de euros no sector da floresta. A medida foi hoje apresentada segundo o Plano Nacional de Prevenção Estrutural (PNPE).

O montante vai ser investido na defesa da floresta através da criação de um dispositivo integrado. Vai haver o reforço de equipas que trabalham no terreno, como os GAUF (Grupo de Análise do Uso do Fogo), GeFoCo (Grupo de Especialistas de Fogo Controlado), os Sapadores Florestais e outros agentes, como as forças armadas.

Segundo o PNPE, no final do próximo biénio, 2009-2010, o dispositivo de defesa das florestas terá um total de 2180 elementos. O plano prevê também "reforçar o papel dos governos civis e dos municípios" com a criação de comissões distritais de defesa da floresta, os planos distritais integrados e o surgimento em todas as autarquias de planos municipais da floresta contra incêndios.

Estão destinados para as autarquias 7,8 milhões de euros para o ano, o montante vai aumentar gradualmente, chegando aos 8,3 milhões de euros em 2012.

Alargamento da área florestal protegida

No âmbito do programa vão ser ainda realizadas acções de sensibilização à população, que têm como público-alvo o universo dos portugueses, as escolas e públicos específicos como agricultores, proprietários e associações florestais.

O acordo de parceria com o movimento ECO (Empresas Contra os Fogos) será também reforçado.
O programa estabelece metas e pretende, até 2010, gerir 27 mil hectares de matas públicas, planear 500 mil hectares da área florestal e integrar 500 mil hectares de território em Zona de Intervenção Florestal (ZIF).

No âmbito da defesa dos territórios florestais vão ser geridos 25 mil novos hectares, dos quais três mil com fogo controlado, beneficiados 12 mil quilómetros de caminhos e valorizados 600 pontos de água.
No próximo ano deverão estar defendidos 600 mil hectares de espaços florestais, valor que subirá para 750 mil em 2010.

No final da apresentação, o ministro da Agricultura, Jaime Silva disse aos jornalistas que por agora só estão disponíveis os 188,75 milhões de euros. Mas, se existirem mais candidaturas, Portugal "negociará com Bruxelas para disponibilizar mais dinheiro".

"Na parte dos investimentos florestais já começamos a abrir concursos das candidaturas, nas quais está disponível determinada quantia, que será aumentada se tivermos maior aderência", afirmou.

No próximo biénio o Fundo Florestal Permanente vai ter um "novo impulso" ao ser apoiado com 31 milhões de euros. Segundo Jaime Silva, o investimento que vai ser feito nos próximos dois anos será fundamental para se dar "um salto qualitativo na gestão activa da floresta".

O Plano de Prevenção Estrutural da Floresta vai receber, até 2013/2015, um investimento público de 468 milhões de euros, sustentados no PRODER, Plano de Desenvolvimento Rural em execução.

.......................................................................................................................................

COMO É BOM RECORDAR OS VELHOS TEMPOS!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Floresta portuguesa ardeu mais do que em 2009

Alfredo Maia in Jornal de Noticias de 20/10/2010



A floresta portuguesa ardeu este ano, até ao dia 15 de Outubro, mais 54,5% do que no ano passado, embora o número de ocorrências tenha sido inferior em 12,8%, sendo o quarto em área ardida desde 2000, com 128.842 hectares (87% da média dos dez anos anteriores).


De acordo com o último relatório provisório de incêndios florestais da Autoridade Florestal Nacional (AFN), entre 30 de Setembro e 15 de Outubro, registaram-se 115 ocorrências, responsáveis por 1578 ha de área ardida, a maior parte da qual (1.463 ha) em matos. Numa quinzena, ardeu assim mais do que em todo o mês de Maio (1093 ha) e mais do dobro do que no de Junho (743 ha), apesar do desagravamento das condições meteorológicas do risco de incêndio.
Os dados coligidos de ocorrências entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro permitem concluir que arderam 128.842 ha, mais 45.468 (54,5%) do que no período homólogo do ano passado, sendo o quarto mais grave. O primeiro foi 2003, com 425.657 ha, seguindo-se o de 2005, com 337.766 ha, e o de 2000, com 159.134. Este retrato muda de gravidade para pior se tivermos em conta que, em número de ocorrências, 2010 foi o sétimo ano com maior número de registos (21.424).

Ainda de acordo com o relatório provisório da AFN, do total da área ardida, 43.549 ha (34%) correspondem a povoamentos (geralmente pinhais e eucaliptais), sendo o quinto ano mais severo para esta forma de ocupação do solo florestal. Aquele em que a área de povoamento ardida foi maior foi o de 2003, com 286.030 ha queimado.
Por distritos, verifica-se que o Porto continua a comandar o número de ocorrências (5879), mas que na maioria se referem a fogachos (área queimada inferior a um hectare), mas mesmo assim é o segundo do ranking dos registos nos incêndios, com 565. Viana do Castelo comanda a lista com 723 incêndios, embora esteja em quinto em número total de ocorrências (2073), mas é o segundo em área ardida (24.170 ha), pouco distanciado da Guarda.
Esse distrito regista não só a maior área ardida, com 24.284 ha, mas também um significativo poder destrutivo dos fogos, pois registou "apenas" 505 ocorrências, o que corresponde a uma média de 48 ha por deflagração. A Guarda foi, aliás, o distrito onde se registou a maior área de povoamentos ardida (8.169 ha), seguido de Vila Real (6469 ha), Viana do Castelo (6.364 ha) e, em quarto lugar, Viseu (5.283), embora a ordem de área total seja diferente. Viseu está em terceiro lugar, com 18.571 ha, mas foi ali que se registou o maior dos incêndios de todos: 5. 066 ha no município de S. Pedro do Sul.


De acordo com os dados da AFN, os 182 grandes incêndios (áreas superiores a 100 ha) foram responsáveis por 99.708 ha, ou seja, cerca de 77% de toda a área ardida. Os distritos no comando da lista são Viana do Castelo (40), seguido de Vila Real (25) e Viseu (22), onde ocorreram os três únicos grandes incêndios da última quinzena (concelho de Castro Daire).

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

II Jornadas Micológicas do Corno de Bico

As II Jornadas Micológicas do Corno de Bico, realizar-se-ão de 6 a 7 de Novembro de 2010, em Paredes de Coura, nesta segunda edição, subordinadas ao tema: "Os Cogumelos, Produção, Utilizações e Gastronomia".

Com a organização deste evento, que contará com a presença de especialistas, investigadores e produtores na área da Micologia, pretende-se genericamente promover os recursos turísticos, as paisagens e o património natural do concelho de Paredes de Coura e da Paisagem Protegida do Corno de Bico, bem como promover o potencial dos cogumelos, quer em termos gastronómicos, quer para outras utilizações e mostrar aos participantes a viabilidade do sector em termos produtivos nas mais variadas áreas que envolvem a micologia.

Serão propostas aos participantes actividades diversas como comunicações subordinadas ao tema das jornadas, percursos micológicos, oficinas de identificação e catalogação de espécies, exposição viva das espécies presentes na Paisagem Protegida do Corno de Bico, oficina de produção caseira de cogumelos e de gastronomia micológica. Estas II Jornadas culminarão com um almoço convívio de encerramento no qual os cogumelos serão reis à mesa.
Neste Certame será igualmente realizada uma oficina de Gastronomia Micológica, intitulada “Cardápio Micológico de Paredes de Coura”.
Esta actividade é dirigida exclusivamente aos restaurantes do concelho e tem como objectivo proporcionar aos participantes alguns conhecimentos ao nível da gastronomia micológica, entendida como factor de diferenciação, para que aqueles possam apresentar regularmente nos seus cardápios pratos confeccionados à base de cogumelos.
Com um vasto programa todos os interessados poderão participar em todas as actividades.

Para mais informações os interessados poderão consultar o portal do Município de Paredes de Coura, em www.cm-paredes-coura.pt.

Para o esclarecimento de dúvidas poderão contactar a organização do evento pelo e-mail: jornadasmicologicas@cm-paredes-coura.pt ou pelo telefone: 251 780 162.

Conferência sobre o Software Livre na Administração Pública

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Risco Meteorológico de Incêndio - Setembro 2010

O mês de Setembro apresentou, em termos de risco meteorológio de incêndio, um valor médio superior aos anos de 2006 e 2008 e inferior ao registado em 2009, quando comparado com o mesmo período homólogo. Em Setembro de 2010, o concelho onde ocorreram mais dias na classe mais alta foi o de Moimenta da Beira, no Distrito de Viseu, onde se verificaram 9 dias com risco médio no nível máximo.

Em termos de FWI, o valor registado em Setembro foi o 5º mais elevado, tendo ficado muito próximo do verificado em 2003.

2010-10-13, Instituto de Meteorologia

Curso de Formação/Credenciação em Fogo Controlado


Clique nas imagens para ler

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More