quinta-feira, 22 de março de 2012

Daniel Campelo quer envolver municípios na gestão de parques naturais.

21/02/12

O governo quer envolver os municípios na gestão dos espaços verdes públicos, que têm estado sob responsabilidade da administração central, incluindo parques nacionais e naturais, disse hoje, em Coimbra, o secretário de Estado Daniel Campelo.

«A estratégia do governo é descentralizar a gestão de espaços públicos, sempre que isso corresponda a um ganho» para a área em causa, afirmou o responsável pela Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, que falava aos jornalistas, hoje, na Mata Nacional do Choupal, depois de ter participado na sessão de apresentação do projeto Floresta Comum.

As negociações em curso, entre o governo e autarquias algarvias, relativamente ao Parque Natural da Ria Formosa, no sentido de implicar estas entidades na gestão daquela área, resultam da estratégia do governo para este setor, exemplificou Daniel Campelo.

Também as casas florestais, que, de um modo generalizado, «têm estado abandonadas e em degradação», são um reflexo daquela política, cuja gestão está a ser descentralizada, acrescentou o governante, prevendo que suceda o mesmo com os viveiros florestais.

Para vencer, «o país tem de buscar soluções na terra, porque ela é um bem muito mais estável do que se pensa», sustentou, durante a sua intervenção, o secretário de Estado, manifestando a convicção de que «a recuperação do país está no aproveitamento do território” e “não nas praças financeiras ou no euromilhões (a não ser para alguns), como muitos dizem».

No entanto, advertiu, «temos cerca de um milhão e meio de hectares de terra abandonada», para além do território com aptidão agrícola.

Envolvendo a Secretaria de Estado, a Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o Floresta Comum pretende ser «um incentivo à reflorestação do país», foi sublinhado na sessão.

O projeto visa a criação de «uma bolsa de árvores e arbustos de espécies autóctones», que serão disponibilizados aos municípios, em função de projetos por estes apresentados e que, após a respetiva aprovação, sejam selecionados pela parceria responsável pelo Floresta Comum, disse Nuno Sequeira, dirigente da Quercus.

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