segunda-feira, 12 de março de 2012

Governo: meios de combate a incêndios são «adequados»

Fonte: tvi24, 12- 3- 2012

Secretário de Estado diz que se for necessário serão tomadas «medidas excecionais»

O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D`Ávila, considerou hoje «adequados» os meios de combate aos incêndios, mas admite que podem vir a ser tomadas «medidas excecionais» em situações extraordinárias, noticia a Lusa.

«Nós não excluímos que, para situações excecionais, possam vir a ser tomadas medidas excecionais», afirmou Filipe Lobo D`Ávila em conferência de imprensa, no final da reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil, na qual foi aprovada a Diretiva Operacional Nacional ¿ Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF 2012).

O secretário de Estado explicou que, na sequência da «monotorização constante e diária» feita pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), já foram tomadas algumas medidas, dando como exemplo o pagamento antecipado a algumas corporações de bombeiros e o reforço do dispositivo.

«A propósito desta sobrecarga [de incêndios] que se tem sentido nestes dois meses, o Governo determinou a antecipação de cerca de 400 mil euros em verbas destinadas a 100 corpos de bombeiros, situados em concelhos sujeitos a uma grande pressão, do ponto de vista do número de incêndios», avançou.

Lobo D`Ávila sublinhou que, «não obstante as condições que o país atravessa, conseguiu-se um pequeno reforço do dispositivo, que não exclui outro tipo de medidas que poderão ser ponderadas através da análise operacional feita pela ANPC».

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais contará, no verão, com mais nove mil elementos e 44 meios aéreos.

Este dispositivo representa um «esforço financeiro de 70,2 milhões de euros» para a ANPC, dos quais 45 milhões de euros são para os meios aéreos, 17 ME para despesas com pessoal, 1,7 ME para combustíveis e 6,5 ME para despesas extraordinárias, disse o comandante operacional nacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto.

«As verbas que estão previstas são sensivelmente as mesmas», reforçou Lobo D`Ávila, observando: «Com as mesmas verbas conseguiu-se um reforço, nomeadamente, nos meses mais críticos».

Para o secretário de Estado, a aprovação deste dispositivo é «absolutamente essencial para dar resposta a um verão que se estima ser difícil», apelando também à sensibilização da população.

Como novidade para este ano, Filipe Lobo D`Ávila apresentou um projeto piloto de monotorização, com recurso a novas tecnologias de prevenção e combate a incêndios, que será operacionalizado através de um plano de operações no Parque Nacional Peneda Gerês, resultante de uma parceria entre os ministérios da Agricultura e da Administração Interna.

Desde janeiro já deflagram cerca de 5800 incêndios em floresta e mato, perto de cinco vezes mais do que nos três primeiros meses de 2011, quando ocorreram 1653 fogos, segundo dados da ANPC e da Autoridade Florestal Nacional.

Os dados indicam igualmente que, no último mês de fevereiro, com 4186 fogos, registaram-se mais incêndios florestais do que em agosto do ano passado (3982).

Questionado pelos jornalistas sobre os meios atualmente no terreno, o comandante Vaz Pinto adiantou que «estão adequados à situação que se está a viver» e que, até agora, «o dispositivo tem respondido com muita eficiência».

«O dispositivo responde de acordo com o risco», frisou.

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