quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vigilância apertada "in loco" pode ajudar a evitar incêndios

Os incêndios consumiram 71 mil hectares até 15 de Agosto, menos do que nos incêndios de 2003 e de 2005. Reforçar e apertar a vigilância no terreno pode ajudar a evitar os incêndios. É esta a opinião de Domingos Xavier Viegas, da Universidade de Coimbra. Por outro lado, Joaquim Sande Silva, da Escola Agrária de Coimbra, propõe mão pesada para quem põe fogo. Joaquim Sande Silva diz que o principal problema relaciona-se com a própria origem dos incêndios: "O fogo que é posto, umas vezes por negligência outras intencionalmente".

Como medida de curto prazo, o professor da Escola Agrária de Coimbra propõe "tolerância zero e uma aplicação cega da lei para quem põe fogo".

Domingos Xavier Viegas sublinha, por seu lado, que é preciso "maior vigilância nas zonas que estão ardidas para evitar reacendimentos", mas também "reforçar a vigilância no terreno, para dissuadir pessoas que tivessem má intenção".

As espécies cultivadas e o ordenamento florestal são um problema, refere Eugénio Sequeira, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), contudo a cartografia deveria ser posta ao serviço do combate a incêndios: "Ter uma cartografia correcta do ponto de vista de micro-climatologia, das situações de ventos às várias horas, para que, quem está a comandar o combate ao fogo, saiba onde está".

Mas o especialista via mais longe: "Todos os carros, todas as equipas de bombeiros terem um GPS que indique a posição correcta, de dia e de noite, para que quem comanda saiba de caras onde estão as suas forças".

Os incêndios consumiram 71 mil hectares até 15 de Agosto, segundo a Autoridade Nacional Florestal. A área ardida é menos de um quinto do total consumido pelas chamas no período homólogo em 2003 e cerca de um terço do verificado no mesmo período em 2005. Em 2003, as chamas consumiram, até à primeira quinzena de Agosto, 372 mil hectares. Em 2005, o valor a 15 de Agosto era de 197 mil hectares ardidos.

Fonte: Rádio Renascença



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